domingo, 22 de novembro de 2015

Auto limite como parte do caminho para a satisfação pessoal

O texto abaixo foi elaborado por mim para o desenvolvimento do tema com colegas de trabalho no setor da saúde.
Pesquisei bastante sobre o tema, e por isso resolvi deixar aqui mais uma referência na contribuição do assunto.
Se lhe for útil, fique à vontade para reproduzir, desde que mencione a autoria e o link de postagem:
Abimara Goulart - blogdabia.com


Auto limite como parte do caminho para a satisfação pessoal
Abimara Goulart
Ano acabando, meses que não se viu passar, dias corridos, horas insuficientes e minutos cheios de problemas a resolver.
Reclamações de todos os lados: de clientes (pacientes), de chefes e fornecedores, passamos nós mesmos a reclamar. A insatisfação parece tomar conta do ambiente. A terrível sensação de que "por mais que se faça, nada está bom" também toma conta de nós.
Abordando o assunto de maneira prática e bastante objetiva: há por detrás desses elementos todos elencados acima uma coisa em comum. Com certeza há algum padrão que se repete, pois as ações e reclamações são bastante comuns e generalizadas.
Se gastarmos toda a paciência no trabalho, não sobrará nada para quando chegarmos em casa. Se gastarmos todo o salário na compra de uma única calça jeans, nada haverá para comermos durante o mês. E se acabarmos com a água do planeta, nenhum de nós sobreviverá para contar a história da humanidade.
As coisas têm limite, a natureza tem limite, as pessoas têm limite. Somos limitados em força, em altura, em agilidade. Não enxergamos luzes de infra vermelho, não ouvimos alguns sons que os cachorros escutam. E isso não é bom ou ruim, apenas é.
Contudo, parece que não compreendemos bem essa lógica quando forçamos nosso organismo a realizar coisas que não nos fará bem, ou quando nos expomos à situações psicologicamente difíceis de maneira fragilizada, levando tanto em um quanto em outro caso, ao estresse.
Comer demais, além da conta é um exemplo de falta de limite interno. O corpo tem a inteligência que avisa o seu limite: o sinal de que estamos satisfeitos. Quem consegue respeitar esse sinal, dispensando a sobremesa depois de um almoço delicioso? Talvez se a pessoa não gostar muito de doce seja mais fácil. Quem consegue respeitar esse sinal quando se tem ainda no prato "apenas um pouco" das batatas fritas que se estava comendo?
Muitas, mas muitas vezes mesmo nos guiamos pelos limites externos e não internos. No caso de comer, por exemplo: num restaurante, se houver a plaquinha "cada cliente tem direito a servir-se apenas uma vez da sobremesa", a pessoa enche o pote uma vez e senta. Já se for livre, possivelmente a pessoa coma mais do que o necessário, porque não tem o ponto de equilíbrio no limite interno, e sim no externo. Se é permitido pegar mais de uma vez, é o que a pessoa fará. O regulador está para fora do ser.
O perigo de deixarmos o regulador de nossos limites para fora de nós é a total falta de controle que passamos a ter de nós mesmos e de nossas escolhas. E passaremos por consequências nem sempre conhecidas, esperadas e muito menos desejáveis. No exemplo da comida, o efeito será evidente na desregulação da saúde, no ganho de peso, etc.
Quem come até ver o fim da comida, quem fuma até ver o fim da carteira de cigarros, quem briga até ver o fim do relacionamento, quem provoca até ver o fim do respeito, não está usando do seu poder de pôr um limite antes.
Conhecer-se a si mesmo, perceber como funciona melhor o corpo, quais as situações precisa evitar para não se enervar, como pode fazer para se sair de situações difíceis e manter o equilíbrio depois é fundamental para que consigamos entender e posicionar nossos limites.
Limite não é ruim, ou viveríamos a barbárie. Limite interno como aquele respeito que merecemos dar a nós mesmos. Saber o que queremos, como aguentamos melhor o dia a dia, fazer nossas escolhas e respeitar. Quem se respeita e se valoriza, externaliza isso e em troca recebe mais respeito dos outros, justamente por ter feito a si mesmo primeiro.
No trabalho ou em casa: não dá para assumir todas as tarefas do mundo, e muito menos para assumir as tarefas que são de responsabilidade de outra pessoa. Quando a gente faz pelo outro, tira a chance dele fazer.
Às vezes nos pegamos emocionalmente envolvidos em situações difíceis que outras pessoas estão passando. Se estivermos fortalecidos internamente, a consequência é que estaremos com a cabeça no lugar para ajudar, e saberemos o que fazer que realmente, se será uma ajuda útil para a pessoa, e não apenas para nos livrar do mal estar de pensar na situação. Saberemos nossos limites, tanto financeiros quanto psicológicos para construirmos uma ponte entre nós e a pessoa, e não acabarmos indo para a mesma ilha que ela.
Trabalhar no setor da saúde, e ainda mais em contato direto com os pacientes, exige bastante preparo. Todas as pessoas que vem até aqui têm uma questão, uma queixa: uma dor de dente, febre, dificuldade para respirar, precisa que a levem para uma consulta em outra cidade, está transtornada psicologicamente, sofreu um acidente com impacto ou está numa emergência.
Ela vem buscar auxílio, e quem se propôs a trabalhar aqui precisa estar pronto para oferecer esse auxílio. E só pode dar quem tem. "Ninguém dá a outrem aquilo que não tem". Pode ser que o outro solicite e demande muito mais de nós do que nos propomos, pode ser que o outro não esteja sendo respeitoso conosco quando lhes passamos as informações, do tipo "precisa agendar, o doutor está numa emergência", etc. E quem não está fortalecido com seus limites internos, tem grande chance de sair machucado da situação, pois bastará o outro vomitar suas reclamações, que a pessoa puxa tudo para si, e se contamina.
Fazer as próprias escolhas, reconhecer seus limites de tolerância e respeitar a si mesmo são atitudes que trazem uma satisfação muito grande, então quando se propor a colocar e respeitar seus limites próprios, que seja feito com a alegria de quem está no controle de si, de quem busca o equilíbrio interno.
Dizer NÃO é importantíssimo quando temos um objetivo a alcançar; o que nos desvia de nosso foco merece receber nosso 'não' de maneira consciente, educada e gentil. Quando sabemos onde queremos chegar, fica mais claro o caminho a percorrer, os atalhos válidos e os desvios que devemos evitar. Viver respeitando a si mesmo, leva a resultados mais desejosos, muitas vezes que idealizamos.
Mas, se ao contrário, temos dificuldade de dizer "não" de maneira consciente, pode ser pelo quanto estamos perdidos e sem saber que rumo tomar, pode ser porque temos a necessidade de sermos "bonzinhos" e queridos, e tememos que um "não" quebre essa frágil relação, há quem pense que um "não" irá agredir o outro. Se for dito de maneira agressiva, pode até ser. Mas se dito de maneira gentil e ajudando o outro a procurar novas alternativas, é bem vindo. Se vivermos procurando atender todos os desejos do outro, nos sentimos desgastados e invadidos em nossas necessidades. Pessoas com necessidade de autoafirmação tendem a se sentir feridas, frustradas e ansiosas, e a longo prazo, com raiva de si mesmo e dos outros.
Há quem não consiga dizer não pela "culpa" que sentirá depois, quando ver o outro chateado. A culpa surge da impressão de que somos os causadores de um dano indevido na outra pessoa. E isso leva muitas pessoas a agirem além da conta, inclusive fazendo pelo outro o que seria papel e função importantes para ele se desenvolver como pessoa.
A análise primordial a ser feita é: tenho responsabilidade nisso ou com isso? Posso ser útil com o quê nesse processo?
E quando sabemos que estamos optando por uma coisa errada, que queríamos fazer diferente, que aquilo nos prejudicará em alguma instância, que vai nos sugar as energias, e ainda insistimos?
Saber e viver - felizes - com nossos limites nos deixa mais livres para realizar as coisas com sucesso, sem carregar culpa por não estarmos fazendo tudo para todos. Conscientes de nossos limites, podemos mais, e não menos.
Dizer sim para uma coisa, é necessariamente dizer não para outras, e o contrário também acontece: quando dizemos não para algo, é um grande sim para outras possibilidades.
Fazer as próprias escolhas, colocar o regulador interno para funcionar, ajustar consigo um pacto de vida feliz, amplifica nossas chances de satisfação. Se deixar para o outro, o limitador externo, aumentamos muito a chance de frustração. Nada e ninguém conseguirá nos agradar o suficiente, não como gostaríamos, e isso abre portas para um processo de tristeza emocional profunda.
"Dizer sim quando quero dizer não é dar mais valor aos outros do que a mim, é não colocar meus limites, e isso é não me respeitar. É o mesmo que dizer que o que eu sinto não vale nada, que os outros podem passar por cima de mim à vontade. E eles passam, sem dó nem piedade.
Hoje estou aprendendo a dizer não. Quando não quero alguma coisa, simplesmente digo não. Sem raiva nem emoção. Um não é só uma negativa. É nosso limite. Um direito que temos de decidir o que desejamos ou não fazer. A isso se dá o nome de dignidade. Quando nos colocamos com sinceridade, dizendo o que sentimos, somos respeitados."                                                                            Zíbia Gasparetto
A vida é o caminho, tudo está no caminho. Temos o ponto de chegada e partida como certeza, e todos eles são a nossa inexistência aqui: antes de nascer e depois de morrer, não há a vida da maneira que conhecemos. Então vamos aproveitar esse caminho, essa viagem.
Sugiro realizarmos uma lista da gratidão, onde coloquem TUDO, tudo o que se lembrarem de coisas às quais são gratos. Faça a lista o mais detalhado possível: sou grat@ por ter alimento, sou grat@ por ter fome, sou grat@ por ter dentes, sou grat@ ... etc. Reconhecer o que somos, temos e fazemos nos traz de volta à consciência e nos aproxima de nossa essência.
 Com relação ao trabalho especificamente, sugiro um exercício capaz de nos realinhar com nosso propósito inicial de termos aceitado essa condição. Porque, se todos estamos aqui, um dia desejamos e/ou aceitamos essa condição.
Pergunte-se o porquê de ter escolhido essa opção.
Veja se ainda identifica-se com esse porquê. (às vezes tínhamos um sonho e necessidade que já foram supridos e/ou realizados durante esse tempo)
Após análise, reafirme seu compromisso ou passe a buscar novos rumos.
E - enquanto isso - realize dignamente o trabalho. Com a gratidão de tê-lo, enxergando sua utilidade na manutenção de suas possibilidades diárias: financeiras, de contato com outras pessoas, de aprendizados para a vida.

 Sugestões de leitura e apoios para pesquisa: http://www.dialogopsi.com.br/voce-sabe-dizer-nao/

http://cocacolaquente.blogspot.com.br/2013/05/limites-pessoais.html?m=1

terça-feira, 21 de abril de 2015

Pra quê geleia cheia de açúcar?

Post curtinho, sem entrar em debate sobre açúcar branco, já tão bem esclarecido por Sandra Guimarães, do site papacapimveg.com.

Lá ela cita o livro "Suicide by sugar", e que nele há uma lista com "As 141 maneiras como o açúcar destrói a sua saúde". Sandra cita 23, e eu vou te dizer, é de impressionar...

E ao contrário do que muitos dizem que 'açúcar dá energia', ele pode é causar irritabilidade nas crianças. Quando visitar o site, não deixe de ver os números 3 e 11 da lista...

Como alternativa às geleias com açúcar, temos a versão adoçada com fruta - e seu doce natural - e agora a nova invenção daqui de casa: bolacha com fruta!

É uma maneira de ir diminuindo o açúcar excedente, pois neste caso, a bolacha apesar de ser água e sal, também contém açúcar.


blogdabia.com
Imagem: receitascabanavegana.blogspot.com.br






sábado, 11 de abril de 2015

Relaxamento e outras ideias para momento antes de dormir

Sugestões para o momento do soninho:

1) Música suave
Coloque uma música que sintonize a criança com a sensação de 'desligar' a atividade cerebral agitada, veja as reações dela quanto à música colocada, e vá testando outras músicas.
Ainda bebezinho, percebíamos com quais músicas meu filho se aquietava, e quais lhe incomodava. Sons de chuva, água corrente, passarinhos... costumam agradar bastante.

2) Massagem suave
Toques corporais, realizados com as mãos especialmente cheias de amorosidade (nunca se o adulto estiver nervoso), ajudam o corpo a relaxar quase que instantaneamente.
Se, junto a isso, você falar de maneira suave e firme (não melosa, hehe), indicando à atividade mental que é para relaxar a parte do corpo onde está tocando, acelera ainda mais o processo.

Como eu faço:
Com meu  filho deitado, começo por seus pés (a não ser que ele peça diferente). Pego em cada um de seus dedinhos dos pés, e vou dizendo "relaaaaxa os dedos dos pés, relaxa a sola do pé, relaxa o calcanhar, etc...)
Costumo aproveitar e associar aqui a ideia de gratidão com relação à função das partes de nosso corpo, dizendo " vamos ser gratos e felizes por você ter um pezinho que te leva para onde você deseja ir, que te permite ficar em pé, que aguenta seu corpinho. Vamos agora relaxá-lo, dando-lhe o descanso merecido. Obrigada, pezinho, por seu trabalho tão bem feito."

Fazendo de conta que dorme, acreditam?
Imagem: blogdabia.com
Quando vejo que meu filho está mais desperto, faço a versão completa, rsrs, incluindo nomes e agradecimentos aos órgãos internos do corpo, e assim, encosto a mão na direção aproximada de onde ficam e digo "somos gratos, rim, por seu trabalho de filtrar nosso sangue e separar o que o corpo não vai precisar".
Esse trabalho acaba levando ainda mais conhecimento às crianças, mas o que fica de mais valioso é o contato entre as duas pessoas e a gratidão por tudo o que se é.

Quando vejo que o sono já está pegando, faço uma versão mais reduzida do relaxamento, falando de pés, pernas, órgãos que estão dentro da barriga (desse jeito mesmo, englobando todos de uma vez sem citar nomes), braços, mãos, rosto e cabeça. O carinho na cabeça costuma ser a finalização, e chego até lá mesmo se meu filho já tiver dormido. Certamente fará diferença.

3) Retrospectiva do dia e gratidão
Fazemos uma retrospectiva do dia, tentando lembrar com riqueza de detalhes tudo o que o filhote fez - e também como se sentiu, o que é ainda mais importante.
Agradecemos por tudo o que passamos, o que tivemos, o que somos. Enfatizando a oportunidade de estarmos numa casa, de estarmos em família, de estarmos com saúde e alimento, e de termos sabedoria para lidar com tudo isso.

4) Histórias de família
Essa eu aprendi com a Cíntia Anira, numa conversa ela me contou que o marido contava histórias de quando ela e ele eram mais novos para a filha dormir. Eu amei a ideia e fui testar. 
Meu filho adorou ouvir minhas histórias "de quando era pequena", como ele diz, e começou a pedir histórias do papai, quando era ele que o colocava para dormir.
Já tem suas histórias preferidas, e pede para eu repetir.
Isso faz com que a gente trabalhe internamente nossas histórias pessoais, exercite nossa memória e nos leva até a conversar com familiares a respeito de assuntos que ficaram lá pra atrás.

5) Relaxamento em áudio
Às vezes ouvimos o relaxamento pelo celular, desses em que o locutor propõe a imaginar que estamos num lugar calmo, tranquilo, com natureza, etc...
Gosto de ouvir esse aqui quando estou com meu filho: clica!
Gosto de ouvir esse aqui quando estou sozinha: clica!

Bom soninho!


Mais falas do filhote para engarrafar e reabrir em alguns anos!

Entrou um espinho de pinha no meu dedo indicador direito. Com a mão esquerda, eu não conseguia tirar. De consolo, ouvi:
"Vai aliviar algum dentro de dias"

O caminhão ou o trator, nas mãos de meu filho, estava "dando uma naboba".
Já expliquei o que é naboba aqui, hehe.

Contagem:
"1 já foi, 2 já fois"

Para resfriadinhos, chá de "hortebã".

Para sentar, nada melhor do que numa "coutona".

Um dia eu estava muito cansada e disse "tô só o pozinho", ele riu, perguntou o que era e depois me saiu com essa "Nossa, tô parecendo um caldinho..."

Brincamos de bicicleta deitado - como minha mãe me ensinou, rsrs. Deitamos e unimos nossos pés. Uma vez eu pedalo, depois é ele. Quando ele queria pedalar, pediu "agora não pedela".

Pergunta difícil de responder: "Mãe, por que roupa não tem olho, boca, nariz, bochecha e corpo?"

Filhote viu alguém com dente dourado e me perguntou porque a pessoa tinha dente de besouro...

Quando algo está preso e não estamos conseguindo soltar, filhote diz que está "engarrado".
Penso, logo falo, logo penso, logo falo, logo...
Imagem: blogdabia.com


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Aproveite a oportunidade de alimentar-se, e nutra seu corpo.

Separação.

Você se sente parte da natureza? Parte, parte mesmo, tendo roteiros parecidos de trajetória?

Seres vivos são aqueles que nascem, crescem, se reproduzem e morrem (ou pelo menos nascem e morrem). Podemos estar falando de um tubarão, de você, ou de uma árvore.

Você faz de tudo pra 'plastificar' a natureza e cimenta até o último centímetro de quintal pra não se "sujar" de terra?

Há um equívoco provocado pra gente se desconectar. Separados, achamos que precisamos de mais e de outras coisas, que tudo é mais complicado e que são as fábricas é que gerarão empregos para salvar a população.

O foco da postagem de hoje é ALIMENTAÇÃO, então vou parar essas reflexões por aqui, mas eu precisava começar por elas.

O grande lance da separação da natureza com alimentação é: o que você está comendo, é mesmo um alimento? Há um século atrás, reconheceriam como algo comestível? Sua comida saiu da fábrica ou da terra?

Colocar algo para dentro do corpo é uma oportunidade maravilhosa de fazer o bem, a si e a outros, incluindo o meio ambiente - a casa de todos nós.

Ao ingerir alimentos vindos da agricultura familiar, você ajuda a manter as famílias no campo, vivendo entre os seus, produzindo sua própria sustentação, evitando inchar as cidades com pessoas em busca de uma 'oportunidade' de viver.

Ao ingerir alimentos agroecológicos ou orgânicos, você age com a inteligência da prevenção de doenças, pois exclui a possibilidade de ter venenos tóxicos em seu alimento, e trata com respeito o ambiente externo ao seu corpo, já que tais venenos também não foram espalhados por terras, ar, plantações próximas e nem envenenou nossas águas. Há animais na terra, no ar e na água que sobrevivem graças a isso. E mais: evitou que agricultores fossem expostos à contaminação séria, que inclusive chega a adoentá-los e matá-los, e mutilar seres em formação.

Aproveite a oportunidade de alimentar-se, e nutra seu corpo!

Primeiro dê a ela os nutrientes de que ele precisa para funcionar.
O paladar também pode ser agradado, mas ele não está em primeiro plano.

A maior satisfação está em poder nutrir o corpo, com vida e alegria!

Corpo bem nutrido funciona melhor, dá mais ânimo, está pronto para atender quando o chamamos à ação.
Aproveite que vai nutrir o corpo, e brinde à vida em sua totalidade e diversidade!

Selecione os alimentos naturais e elabore com eles uma refeição que lhe agrade a vista, o olfato, a audição, o paladar, e até o tato, por que não? Principalmente se tiver criança no meio: peça-a para ouvir o sonzinho que faz ao mastigar uma crocante alface ou uma macia batata cozida; colocar a mão no alimento não é "sujeira" ou "caca", como muitas vezes é repetido às crianças. Deixe-a explorar sempre que possível. Coloque roupas mais velhinhas, arrume um babador que a envolva por completo, mas a deixe experienciar o que ela põe pra dentro.
Já percebeu que as mesmas palavras (ex.: caca), muitas vezes é usada por adultos na tentativa de evitar que a criança coloque a mão no cocô ou na comida? Como será que a criança recebe a informação? Vejam a associação possível...

Comer também é um ato de amor. Amor à vida própria, de outros, do planeta.
Comendo, podemos desencadear situações em nós. Boas e ruins.

Quando trabalhei com crianças num projeto sobre alimentação saudável, foi interessante ver as indagações que faziam para chegarem às conclusões sobre o quão saudável seria o alimento:

  • a comida saiu da fábrica ou da natureza?
  • o alimento está dentro de um pacotinho lacrado?
  • na comparação com algum feito em casa, quanto tempo a mais ele dura? (ex.: bolo de casa, e bolo pronto empacotado)
  • tabelas nutricionais com quantidade de gorduras ruins e sódio.

E ainda tem o fato de não sabermos o que estamos comendo. Você comeria a fêmea de um inseto esmagado SÓ porque ela dá uma corzinha mais avermelhada pro seu sorvete/biscoito/suco?
Veja aqui como esse inseto aparece na lista de ingredientes. E pode procurar: qualquer coisa sabor morango e uva tem, muitas vezes até pêssego e outras.

suco


Saber, conhecer, se aprofundar, pode ser encantador, e certamente será libertador! Esse post da Sandra Guimarães é inspirador.

Como disse Einstein:
A mente que se abre à uma nova ideia, jamais volta ao tamanho original.
Mas, veja, tudo vai depender das associações que você fará, das suas conexões neuronais.
Se você associar a ideia de comer saudavelmente como o fim do prazer, você se sentirá 'infeliz' em fazer aquilo. Comerá como uma penitência e não verá a hora de livrar-se de tal feito.

Mais reflexões:
1) o paladar, que sente o gosto por apenas alguns segundos, pode ditar o que você põe pra dentro?
2) hábitos não são necessidades.

Se você associar o comer saudavelmente com uma boa disposição e funcionamento do corpo, com a alegria que certamente aquilo te proporcionará, com o bem que você sabe que está fazendo a si e aos outros, o êxito virá!

Se você ficar algum tempo sem comer alguma comida ou bebida que seja artificial, gordurosa, açucarada ou salgada demais, quando voltar a provar, a probabilidade grande é a de que seu paladar e corpo estranhem e rejeitem aquilo. Hoje em dia eu sinto gordura e açúcar num chocolate 65% amargo, de maneira que me desagradam. Antigamente, eu nem experimentaria uma coisa dessas, comia bis, prestígio e todas essas formas de bombas de gordura e açúcar disponíveis no caixa dos estabelecimentos.

Alimentar-se bem é uma forma respeitosa de valorizar a vida que temos a desfrutar, e saber disso é um presente que está te sendo dado.
Voltar-se à natureza, interna e externa, reconectar-se, fechar o ciclo. Processo que pode ser iniciado por uma alimentação consciente, e com satisfação por fazê-lo!

Para finalizar, o poema que me lembrou que tenho lágrimas:


"Para fazer um pêssego, é preciso um inverno, uma primavera, um verão, um outono e uma abelha, muitas noites e muitos dias, e sol e chuva, pétalas rosadas com pólen - tudo para que a tua boca possa conhecer uns poucos minutos de prazer."
 

Minou Drouet

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Coloque o conteúdo de duas gavetas em uma: de maneira barata e criativa!

Organizei minhas gavetas de roupas íntimas e meias dessa maneira:

É óbvio que precisa começar tirando o que não se usa mais!!!
Não só o velho, o rasgado, mas aquilo que não se usa.
Se você não usa, não te pertence mais. 
Coloque à disposição para que outras pessoas usem e faça cumprir a função de um objeto: ser útil!

Depois peguei caixas de leite de arroz que usamos aqui em casa - o tamanho dela é igual a de caixas de suco - abri, lavei, cortei e higienizei passando álcool. 

Encaixei uma ao lado da outra, dobrei as peças de maneira que coubessem dentro desse novo parâmetro de espaço, para que não amassassem lá dentro e essa remodelação fez com que me sobrasse a gaveta debaixo para outras coisas. 
Duas gavetas em uma: na frente coube outra leva de caixas.
imagem: blogdabia.com

Receitas veganas - Bolo nutritivo do sabor que você quiser!

Bolo do sabor que você quiser!
Sugiro pequenas frutas para a massa e chás ou sucos que combinem com a fruta escolhida.

Ingredientes
1 xícara de farinha de trigo
3/4  a 1/2 xícara de açúcar mascavo (amarelo)
1 xícara de frutinhas picadas (ex.: framboesa, morango, mirtilo, amora, kiwi, etc.)
2 colheres de sopa de óleo de coco (ou outro óleo vegetal)
1/2 colher de chá de essência de baunilha
1 colher de sopa de fermento químico
1 pitada de bicarbonato de sódio
1 pitada de sal
1/2 xícara de chá, ou suco, ou leite vegetal, ou água. Amornar.  
1 colher de sopa de chia
1 colher de sopa de gergelim descascado (branco ou preto, como preferir)
1 colher de sopa de castanha em pedacinhos

Preparo
Numa vasilha coloque a farinha, o açúcar, o óleo, a baunilha, o sal, as frutinhas, a chia, o gergelim, as castanhas, e mexa.
Acrescente o líquido morno e mexa novamente. A massa não fica muito firme. 
Coloque o bicarbonato e o fermento.
Misture tudo e coloque numa forma pequena, untada e enfarinhada.  Ou em várias forminhas, para fazer bolinhos. (tipo cupcake ou de empada)
Forno pré aquecido, 180°C, por uns 25 minutos.
Sugestão: untar a forma com óleo e enfarinhar com farinha de mandioca, para que o bolo se solte mais facilmente.

Combinações de frutas e castanhas sugeridas: morango e nozes, framboesa e avelã, kiwi e amêndoa, mirtilo e castanha de caju.
Receita adaptada do site 
Delicioso, nutritivo, do sabor que você quiser!
Imagem: blogdabia.com

Delícias de ouvir - não dá para segurar a infância, mas dá pra curtir demais!

Mais um post da série "E ele fala" (não existe essa série, tá? hehehe)
É que eu fiz esse outro email com palavrinhas deliciosas de ouvir... Veja!

Agora eu tenho registrado as palavras assim que as ouço, pois não quero perdê-las!
Meu filhote tá quase fazendo 4 anos, e quando eu me dei conta disso, percebi que não estava preparada... rsrs 
Anotar as palavras da maneira como ele fala é uma maneira de me despedir de uma etapa, permitindo que novas etapas venham, sem angústias.

Agora vejam que graça: 

Bãleio - banheiro

Dizeoito - dezoito.
Mas acompanha o raciocínio que ele desenvolveu: dizesseis, dizessete, dizeoito, dizenove... kkk

Desdeitar - levantar

Deslevantar - deitar

Telempatula - temperatura

Xilofoneia - toca o xilofone

Tamboleio - toco o tambor

Nabobar - manobrar

Puleinha - poeirinha

Talabadoles - trabalhadores

Zebamin - benjamin

Estávamos descendo para a garagem, e estava escuro. Meu filho falou assim:
- Que escuridãodão! Mamãe, você sabia que, em espanhol, é escuridãodão?
-Ah, é, filho?
-É, em inglês é escuridãodãodãodão!

Quando a gente brinca de algo que tem contagem do tipo "1, 2, 3 e já", ele sempre diz:
- Eita já!

Eu não o incentivo a continuar falando 'errado' (nesse caso, é como ele consegue dizer no momento), então falo com ele usando as palavras da maneira correta. Mas também não fico tensa, 'corrigindo' tudo o que ele diz. Mostrar a ele a diferença na palavra que eu digo e na forma com que ele a diz já é suficiente no momento.

Quando chegamos de carro em casa, ao parar o carro na frente do portão para abrí-lo, ele sempre pede pra esperar porque ele quer descer e me ajudar a "nabobar", ou seja, ele corre na frente e fica lá de dentro da garagem gritando "pode vim, pode vim","dá uma rezinha, tá bom". 
Rarara 
Tododiasempreigual!!!
E eu faço do jeito que ele fala, demonstrando confiança nele e na capacidade dele.
Assim vejo que ele vai construindo sua noção espacial, e sua auto confiança!
Independente do assunto, proporcionar o ambiente para a base emocional da criança é muito importante.


Elaborando suas construções em palavras, movimentos e engenhocas...
imagem: blogdabia.com


segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O medo mostra o caminho...

Depois que o filhote nasceu, dediquei-me tempo integral a acompanhá-lo, e os motivos eu escrevi nesse post em abril de 2011. E sou tão feliz por isso! Eu quis assim, me organizei pra isso, e vivi a alegria de uma escolha. 

Os anos passaram, porém, e meu plano de dois anos se estendeu por mais 6 meses, quando voltei a atuar em escola. 

Mas a cabeça muda, e tudo o mais o que aprendi e me tornei, impulsionada pelas mudanças geradas pela busca de uma gestação saudável e um filho feliz, me trouxeram uma gama de possibilidades de rumos profissionais que me empolgam, nos quais posso criar e explorar com sensação de desbravamento.

Entretanto, tanta diversidade que há em mim sente dificuldade de canalizar para uma construção ordenada e, na profundeza do meu ser, não quero me separar do meu filho... Quando penso em dispender energia mental para outra coisa que não seja vivenciar algo com o filhote, já crio uma barreira. Estou vendo coisas que eu tanto quero não darem certo, porque sou forte o suficiente para adiá-las por tempo indeterminado. E sei disso. 

Só que não quero mais que seja assim.
Busco agora uma gerência de mim mesma, para que consiga coordenar aspectos que estão se rebelando... rs

Paula Abreu disponibilizou vídeos gratuitos de seu novo Programa, e assistindo, ela disse - em minhas palavras - que o medo de algo é justamente aquilo que devemos fazer.
Resolvi fazer o exercício escrito que ela propõe sobre o medo.
E incrivelmente (mas bastante óbvio, após escrito) é que a resposta para as perguntas:
Do que você tem medo? e...
Como vai estar daqui a 20 anos se não conseguir realizar a mudança que você quer?
é a mesma!!!!

Se eu tenho medo de me arrepender, ao não realizar a mudança que desejo, adivinhem como estarei?
Arrependida!!!

Confesso que estou com medo de me colocar em movimento, de me colocar em ação. Eu sei o quanto sou forte, capaz e se for pra me mexer, é pra valer!
Ao mesmo tempo em que escrevo isso na coluna do medo, poderia escrever tudo isso na coluna do que mais desejo: me pôr em ação!

ACONTECE QUE...

Estabeleci minha intenção pro dia e minhas prioridades. (exercício do vídeo 1)

Intencionei REALIZAR
E nas minhas prioridades, elenquei três coisas a realizar no dia.

Eu já estava chegando ao final do dia com a sensação 'ruim' de não ter feito tudo o que queria/precisava, mas aquele tudo impossível para um dia só, e ao ver minha lista de prioridades - a qual eu tinha até esquecido durante o dia, eu tinha REALIZADO AS TRÊS!!!!!

Uma alegria imensa me tomou, e quer saber?
EU QUERO MAIS!

Esse post está sendo inscrito como forma de inscrever-me ao concurso de bolsa do PESV - Programa Escolha Sua Vida, da Paula Abreu. Vocês a conhecem? É transformador!

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Veja se você adivinha essas palavras... rsrs [Respondido]

Duas palavrinhas, ou melhor, uma palavra e uma frase que o filhote dizia até os dois aninhos, veja se você adivinha. Uma tem um pouquinho de sentido com o som, ou seja, se você falar a frase em voz alta, talvez compreenda o sentido... rsrs, mas a outra, vixi, só usando o "super detector de compreender palavras do filhote" mesmo.... kkkk

Mas vamos lá, vamos brincar: o que você acha que ele queria dizer com:

"Pá-cum" (estou escrevendo como ele falava, sem me ater à acentuação correta, até porque a palavra não existe mesmo.... rsrs)

O que você acha que é?

E:

"Sinotopupi" (tudo grudadinho mesmo... rsrs)

Vai, vou esperar algumas 'apostas' antes de revelar o mistério, hein?

Respondido em 15/09/2014:

Pá-cum --> Obrigado
kkkk
Essa era difícil adivinhar, né? Sei lá porquê, mas ele falou assim por muito tempo, por mais de 1 ano... Nem preciso dizer que até sentimos saudade disso já, né? De vez em quando meu marido responde "pá-cum" pro filhote, rs.

Sinotopupi --> Não se preocupe
Gente, essa é tão fácil... Brincadeirinha. Mas vamos comigo, acompanhe o raciocínio: "Não-se-preocupe!"