quinta-feira, 10 de março de 2011

Quem deixou a mamãe sair?!

Tensão total: Eu iria sozinha ao centro da cidade...
Sozinha, sozinha... sem marido, sem bebê!!!!!


Fazia 70 dias que isso não acontecia, estava meio esquecida de como era, mas o problema maior é que eu não sabia como iria ser... Passei 9 meses do ano passado conversando com minha própria barriga, ciente de que estava sendo acompanhada por onde quer que fosse.


E agora? O bebê precisa tanto de mim (eita discurso de mãe! rsrsrs). Considerando que ele está com amamentação exclusiva no peito, há de concordar comigo, né?


Combinei o dia com uma quinzena de antecedência: aproveitaria o meio do feriado de carnaval, pois precisaria pegar as lojas abertas para comprar fraldas mais em conta, algodãozinho, pomada, e por aí vai...


E não é que o dia chegou? Ui!
Durante a manhã fui me organizando para amamentá-lo e deixá-lo dormindo. Mas esse bebezinho tem dias que passa 12 horas acordado, não dorme nada! E esse dia, como seria?


Amamentei, e para não perder nenhum minuto, o papai o segurou para arrotar. Fui!


Cheguei na garagem e me lembrei que não avisei meu marido que ele poderia ligar a qualquer momento. Pensei em ligar para avisar. Mas fui tomada por um bom senso, vindo 'sabe-se-lá' de onde... não liguei.


Entrei no carro e liguei o som, mais alto que o habitual, na tentativa de não escutar os próprios pensamentos.
Fiquei trocando de rádio, com o dedinho nervoso de costume... rsrsrs... ninguém poderia achar ruim, eu estava sozinha.


Subi a rua de casa, passei por desníveis de asfalto e fiz a curva, como uma pessoa sozinha pode fazer, sem estar grávida ou sem estar com um bebezinho no banco de trás... estranha, mas boa a sensação.


Cheguei no centro, desliguei o rádio, queria ligar para casa. Quando eu fechava os olhos, via meu bebê... e quando abria, só via pessoas com bebê andando pela cidade.


Resolvi tudo com muita agilidade!
Poderia voltar já, mas haviam outras coisas que seria bom aproveitar a oportunidade para fazer... 


Dessa vez liguei: "Ah... tá tudo bem? Que bom... Ele está acordado, mas brincando e distraído? Ah... tá..."
(Será que o danadinho não sente minha falta? Vai ver nem percebeu que eu saí, estou longe... Ah, melhor assim, né? Pelo menos pra ele...) 
[Estou me permitindo ter os pensamentos doidos, mas creio que ainda consigo ponderar bem as coisas no final. Tomara!]


Testei minha mente enviando a informação: você está como era antes do bebê, nada mudou, ele não existe...
IMPOSSÍVEL! Ele é alguém agora, tem rosto, gostos... Não tem como mais ele não ter existido!


Resumo do passeio-ópera:
Estive agoniada, mas contente!
Percebi que não havia saído sozinha, mas na minha companhia!
Se posso desejar ser boa companhia para alguém, posso ser para mim também!


Ah! E voltar para a família foi bom demaaaais! :)

5 comentários:

  1. HA AHA HA HA, BIENVENIDA AL MUNDO DE LAS MADRES, !!!! ES UNA BUENA COMPAÑÍA PARA CUALQUIERA, ESPECIALEMNTE PARA VOCE MESMA, JAJJJAJAJAJ. ADOREI SU RELATO...............Y FELICIDADES POR SUA PRIMER SALIDA SOLAAAAAAAAAA <3<3<3

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  2. heheheheh
    Agora eu entendo porque as mães dizem desejar a independência dos filhos, mas ficam com o coração na mão quando estes a alcançam... =)
    Muito bom o seu relato, Bia!
    Parece que estávamos lá, com você, por mais que já tenha ocorrido - sem a presença de nós, ávidos espectadores de suas narrativas no blog!
    =)
    Já quero ler o próximo post... ;)

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  3. Parabens pelo Blog e pela criança!!

    E, respondendo à sua pergunta, não preferir o vocalista também conta!!!
    ahahahah

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  4. Com o Leo, a minha primeira saída foi exatamente assim, tensa!!! risos....Já a minha primeira saída depois que a Rafa nasceu foi bem diferente. Fui até a Alô Bebê comprar fraldas e aquele sentimento de "liberdade" me fez um bem danado!!! Liguei pro meu marido e disse: Sabe onde estou? No carro, passeando!!! Ele perguntou: está indo onde? Comprar fraldas pra Rafa!! Ele morreu de rir....às vezes essa dependência nos causa uma certa "agonia", um mix de sentimentos, principalmente no segundo filho. Mas, aos poucos, vamos nos libertando e isso nos faz bem pois sabemos que eles "sobrevivem" sem nós e isso é a maior tranquilidade que podemos sentir!

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  5. É verdade, ver que eles podem viver sem a gente, é reconfortante! Deixa todos os momentos juntos ainda mais valiosos!
    Obrigada a todos!

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